4 de dezembro de 2008


UFA! ESTAVA A FICAR PREOCUPADO...

...com os salários dos administradores dos bancos. Numa época de tanta ralação, com toda a gente a descobrir que as fortunas da banca assentam (além da exorbitância dos juros e comissões)em falcatruas de toda a ordem, estes senhores (não há "senhoras" no processo, já que isto de dinheiro exige uma confiança que as mulheres, enfim... Já se sabe...Nem fica bem desenvolver... A mulher, o cavalo e o selim... O fado, etc...) precisam de algum conforto. Saber que em média, quer em bancos públicos, quer privados, um administrador recebe 70.000 euros por mês, já tranquiliza. Bastava ver a sala de entrada (na televisão, claro) do BPP para ter uma noção que estamos a lidar com gente muito acima dos portugueses. 70.000 euros enquanto trabalham e alguns milhões de indemnização quando são despedidos, é um mínimo!
Afinal, agora que tanta gente já vai receber 450 euros brutos... há que manter as distâncias.

ps: entendo agora melhor, a razão porque um ex-bancário, agora poeta muito apreciado pela imprensa cor-de-rosa, se surpreendia com desdém à hipótese de ter de viajar com uma companhia aérea. Não concebia outra coisa que ir em jacto privado. Claro. Agora faz sentido.

6 comentários:

Cristina Dionísio disse...

Realmente é uma vergonha daquelas mesmo vergonhosa... como é que esses senhores vão agora sobreviver, coitadinhos? Dá-me uma pena tão grande, que acho que vou organizar uma colecta em benefício deles. Se com tantos milhões para gerir ainda assim ficaram em dificuldades, como será que irão conseguir orientar-se com 14 mil contos por mês? Ai ai, se calhar vão começar por despedir as babysitters dos caniches (é ridículo, mas uma antiga colega de escola tinha uma empregada cuja única função era tratar de dois caniches)...

Pacadifam disse...

E quem sustenta isto tudo? A classe média e os seus impostos claro está.
Sinceramente começo a achar Portugal uma espécie de República das Bananas à Beira Mar plantada.

hfm disse...

Gosto do humor e, nesta caso, só assim ou à trolha e ao maço!

Gostei de vir cá dar uma olhadela, não é só o contrário...

Helena Monteiro

Professor João disse...

Como podemos adjectivar aquilo que hoje se passou na votação sobre o processo de avaliação dos docentes na Assembleia da República?
O amigo Possidónio terá algum que me possa facultar?
Sou um professor desorientado...

com tanta sageza, talvez consigamos atingir enquanto nação o nível ético e moral da Bósnia-Herzegovina,com todo o respeito que esse povo nos merece...

até breve...
um bem-haja

João Santos

Coelha :B disse...

:) I'll take any extra euros you may have laying around... :)
Boas festas!! Did you hear about the movie deal for Terra do Bravo?! Lights, cameras, action in Vila Nova!!! Minha tia Aidinha ainda vai ser uma estrela de cinema!! :) Julie

P. C. disse...

Caro João...
já deixei e adjectivar sobre a Assembleia da República há muito. Desde que entendi que nada é o que se diz e que a única coisa que importa é manter um simulacro de democracia que me pacifiquei (relativamente) com o absurdo.
Foi pena ter calhada logo num fim-de-semana prolongado, caso contrário, haveria mais deputados do PSD para aprovar a suspensão. Assim, como não se consegue votar das 2as residências no campo, nem do Harrods de Londres, a proposta foi chumbada.
Sobre o processo de avaliação em si, prefiro não acrescentar mais nada. Vivemos tempos confusos, na escola. Não creio que haja razão total em nenhuma das partes, ou até que, ao contrário do que os meus amigos professores acham, a suspensão venha resolver questões fundamentais no ensino. O ambiente nas escolas está muito para lá de agitado. Mas por diversos factores. Não vejo fim à vista. A única solução parece-me ser os professores focarem-se naquilo que sabem e tentam fazer: meter alguma coisa nas cada vez mais superficiais mentes dos nossos futuros inúteis.